Aborto é a interrupção da gestação, que pode ser espontâneo ou induzido. As causas de aborto são diversas, sendo que o induzido é uma decisão que o tutor toma em interromper a gestação da fêmea com o uso de medicação própria para o ato. Já as causas de aborto espontâneo podem ser:
Causas infecciosas:
Causas não-infecciosas:
O aborto pode ou não ter sinais clínicos visíveis. Os embriões podem ser reabsorvidos, porém se o aborto for tardio pode originar o nascimento de nados mortos ou mumificados.
É uma situação emergencial, que deve ser rapidamente controlada e resolvida, não só pelo perigo de perder a ninhada como pelo perigo de morte da fêmea progenitora. Que não tem qualquer predisposição racial ou de idade, não é contagiosa. Contudo se a causa do aborto for infeciosa pode esse agente ser transmitido a outros animais.
Os sinais clínicos vão depender da fase da gestação em que se dá o aborto. Se for numa fase muito inicial da gestação por norma há uma reabsorção embrionária sem qualquer tipo de sinal externo. Pode, no entanto, ser confundida com uma gravidez psicológica e tratada como tal.
Numa fase mais intermédia da gestação, quando ocorre o aborto, há uma perda de sangue ou tecidos pela vulva, que pode ou não ser percebido pelo tutor, uma vez que as fêmeas costumam limpar e não deixar resíduos. Na fase final da gestação o comportamento da fêmea é muito idêntico ao de preparar o ninho para o parto, porém as crias nascem mortas.
Mas atenção, nem todos os casos são simples como descritos em cima, e sinais clínicos mais graves podem aparecer em qualquer fase da gestação e deve estar atento aos mesmos:
Para a confirmação de alguma alteração da gestação deverá ser feita uma ecografia abdominal para avaliar os fetos, batimentos cardíacos e a sua viabilidade. A radiografia também pode ser útil na avaliação da presença de gases anormais ou confirmar a presença de uma ninhada muito grande. Deverão ser também realizados teste sanguíneos (hemograma, bioquímica, FIV/FeLV, sorológicos) para avaliação do estado geral, bem como detetar a presença de doenças infecciosas.
Consoante a causa do aborto o tratamento deve ser direcionado. Contudo, comummente administram-se antibióticos para, ou tratar a causa bacteriana ou para impedir uma infeção secundária. Anti-inflamatórios, controlo de dor, terapia de suporte também são usados consoante o caso. O tutor deve estar ciente que a ninhada pode não sobreviver ao tratamento, ou haver a necessidade de esterilizar a fêmea.
A melhor forma de prevenir um aborto é impedir a cópula ou esterilizando a fêmea. Caso queira reproduzir com a sua fêmea, deve ter em atenção a sua linhagem genética que, se já tiver propensão para aborto, deve repensar o cruzamento.
Evitar stress, administrar uma boa alimentação, não usar medicação durante a gestação (a não ser que tenha sido prescrita pelo médico veterinário) e realizar um bom acompanhamento da gestação são tudo pontos chave para o sucesso de uma gravidez. Deve ter em atenção também que, caso a sua fêmea já tenha sofrido um aborto a probabilidade de acontecer novamente é muito mais elevada.
Se está a pensar cruzar a sua gata ou cadela deve, como nos humanos, ter um acompanhamento de perto para evitar qualquer problema.
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