O otohematoma é uma acumulação de líquido, sangue e outras secreções entre a pele e cartilagem da orelha. É maioritariamente uma causa secundária de uma patologia primária, usualmente otite.
O abanar de cabeça constante ou o coçar com as unhas em situações de otite, podem provocar a rutura de pequenos vasos no interior da orelha, dando origem a um otohematoma. Outras causas primárias como ácaros, pulgas, dermatite atópica, mordeduras ou corpos estranhos, também podem originar esta acumulação de líquido na orelha.
É uma patologia que pode ocorrer em qualquer animal, de qualquer sexo ou idade, porém há uma maior tendência para ocorrer em canídeos, e nestes a maior prevalência é em animais de orelhas pendulares. Contudo, qualquer animal pode ter de um otohematoma. Não é contagioso, a castração não influencia a prevalência, e não é uma situação emergencial, contudo deve ser tratada com brevidade.
O otohematoma tem como sinal clínico a presença de um inchaço uni ou bilateral da(s) orelha(s). Inicialmente tem uma consistência macia e flutuante (devido ao líquido no interior), porém se ficar sem tratamento por muito tempo, pode desenvolver deformações permanentes no pavilhão auricular (expessamento do mesmo e deformações cicatriciais).
Devemos estar atentos aos sinais clínicos das patologias primárias, para evitar o aparecimento de um otohematoma, principalmente: abanar de cabeça constante, prurido local, dor, eritema, entre outros.
O diagnóstico faz-se pela visualização de uma tumefação no pavilhão auricular, e fazendo punção (com agulha e seringa) da mesma e avaliação do conteúdo. O mais importante é diagnosticar a causa primária e tratar devidamente a mesma.
Trata a causa primária é crucial para um bom tratamento e prognóstico de otohematoma. O otohematoma em si pode ser tratado através de:
São também realizados antibióticos para prevenir infeções secundárias, e anti-inflamatórios para diminuir a inflamação dos tecidos e ajudar na cicatrização.
Os otohematomas, mesmo depois de devidamente tratados, têm tendência a recidivar, principalmente se a causa primária não estiver controlada. É importante então controlar da melhor forma as patologias primárias, principalmente otites e dermatites atópicas, tentando impedir assim a formação de otohematomas. Melhor do que tratar um otohematoma é impedir o seu aparecimento.
Assim que notar alguma alteração nas orelhas do seu patudo deve agendar uma consulta com o seu médico-veterinário habitual. Quanto mais cedo for identificado e tratado o problema, melhor é o prognóstico.
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