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História da Petfood e o impacto da veterinária

A alimentação é das únicas atividades que cada um dos nossos animais realiza todos os dias, relevando assim a importância de uma dieta adequada e boas práticas alimentares. De facto, são estes dois fatores que mantêm um nível corporal equilibrado e os únicos provados, na medicina veterinária, que aumentam a esperança média de vida dos animais. 

 

Petfood e a Medicina Veterinária

O alimento é o aspecto mais importante no cuidado a ter com os nossos pets, assim é relevante termos em atenção não só, quais destes são benéficos para a saúde, como também quais são aliciantes para os animais e para os seus tutores. 

Os veterinários desempenham um papel fundamental na segurança alimentar dos animais domésticos, identificando e diagnosticando doenças relacionadas com os alimentos. Uma história completa do animal, incluindo um histórico detalhado de alimentação, pode sugerir uma doença relacionada com a alimentação.

Os sinais clínicos que se correlacionam com a alimentação de um novo saco de ração ou múltiplos animais com sinais clínicos similares que consomem a mesma dieta podem aumentar o índice de suspeita. Os laboratórios de diagnóstico veterinário podem ser contatados para obter orientação sobre as amostras mais apropriadas para serem submetidas a análises. 

 

Os veterinários devem dar uma formação aos tutores sobre a segurança alimentar dos animais de estimação, incluindo aconselhar os tutores a reter os rótulos dos produtos, armazenar e lidar adequadamente com os alimentos, passando por praticar uma boa higiene ao manusear os alimentos e os recipientes a utilizar.

 

No entanto, também se requer conhecimentos veterinários para identificar possíveis doenças transmitidas por alimentos e trabalhar nesse sentido com os fabricantes e com as instituições governamentais a fim de confirmar um problema, para que sejam tomadas medidas adequadas a fim de prevenir patologias noutros animais. 

Petfood

História da Petfood

A indústria comercial de alimentos para cães originou-se na Grã-Bretanha por volta de 1700 mas só chegou aos Estados Unidos no final do século XIX. O primeiro alimento para animais, preparado comercialmente, era um produto do género de snack para cão, que foi introduzido em Inglaterra por volta de 1860.

Mais tarde James Spratt, um eletricista de Ohio que comercializava para-raios, observou vários cães a serem alimentados com restos de algumas embarcações. A partir daí pensou que poderia levar mais longe esta ideia, ao realizar uma preparação composta por trigo, legumes, beterraba e carne.

Denominados primeiramente como "snacks nutricionalmente melhorados", foram comercializados especificamente para caça e cães de raça pura para melhorar o seu desempenho no campo e nas exposições. 

A empresa da Spratt (chamada "Spratt's") começou por oferecer grandes snacks rígidos que, posteriormente, foram divididos em pedaços menores com a finalidade de uma alimentação diária. Anunciava também que os seus alimentos poderiam evitar uma série de problemas de saúde. 

Desde estes esforços iniciais para levar aos cães uma dieta mais rica, as empresas ligadas ao desenvolvimento alimentar têm estado incansáveis no que se refere a melhorar a eficácia nutricional das suas gamas. Hoje, com todas estas melhorias, não só na componente nutricional como também científica, observamos uma maior esperança média de vida, portanto uma melhor qualidade de vida no geral.  

Os anos 60 foram marcados por uma grande diversidade na oferta de tipos de alimentação, tais como a introdução de ração seca para gatos, muitas variedades de produtos em lata e novos produtos semi-húmidos. Com o crescimento da indústria, começaram a aparecer os primeiros regulamentos oficiais para assegurar aos tutores e aos seus pets que os métodos de processamento e de qualidade de controlo usados no mercado de petfood, tinham os mesmos requerimentos dos alimentos para consumo humano. 

Como o cão se tornou amplamente considerado como um membro de família, a indústria de alimentos para cães respondeu a este fenómeno social de três formas importantes: 

  • Primeiro, convenceu os tutores de que as dietas comerciais eram uma nutrição superior para os seus cães e, assim, derrotou o seu maior rival: os restos;
  • Em segundo lugar, as empresas bem sucedidas ganharam a confiança dos veterinários, que passaram a recomendar este novo tipo de alimento;
  • Por fim, em terceiro lugar, os grandes fabricantes usaram técnicas de marketing inteligentes para vender os seus produtos, baseando-se sobretudo no vínculo pet-humano. 

Alguns factores externos também contribuíram para o sucesso deste tipo de alimentação como por exemplo a industrialização da agricultura, em meados do século XX, produziu uma variedade de inovações agrícolas (por exemplo, fertilizantes, tratores), que tornaram as carnes e grãos (e seus subprodutos) baratos e abundantes para os fabricantes de alimentos para cães e gatos. Finalmente, o boom do pós-guerra fez com que as dietas comerciais para animais se tornassem cada vez menos um luxo e mais uma necessidade para os americanos. 

Petfood

Palatibilidade — O segredo da Petfood 

O cheiro é um atributo crucial, de maior impacto na palatibilidade. De forma a atrair o animal e convence-lo a ingeri-lo, o alimento tem que ter um odor agradável, rico em moléculas de aromas que os animais mais gostam, e sem as que estes não apreciam. De forma a identificar quais os que são e os que não são atrativos para estes, deverá ser realizado um perfil de odor. 

Ao desenvolverem novos produtos, a indústria procura um compromisso entre a qualidade nutricional e a palatibilidade, particularmente nas dietas que vão trazer benefícios para a saúde, como por exemplo gamas de controlo de obesidade, ou para animais diabéticos. Até as gamas com melhores fórmulas podem não ser populares entre os tutores, se os seus animais recusarem ingeri-las. Assim, e tal como mencionado acima, a palatabildiade é consequentemente um atributo crucial para a indústria de petfood.  

Devemos portanto reter que avaliar a palatibilidade de um produto, antes de o lançar no mercado, é estratégico no desenvolvimento de qualquer alimento, snacks e em alguns medicamentos.  

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